Depois da forte chuva no sábado (14), que atrasou a programação para a definição do grid de largada, os pilotos do Mercedes-Benz Challenge enfrentaram condições melhores neste domingo (15) na disputa da segunda etapa da temporada no Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro de Guaporé, no Rio Grande do Sul. Com o tempo nublado, a prova teve sua largada com Safety Car no traçado de 3.080 metros, que recebeu a categoria pela primeira vez.

Por decisão dos organizadores, os pilotos foram obrigados a largar com pneus de chuva. No entanto, como a pista estava melhorando, muitos já entraram logo nos boxes para a troca por pneus de seco ainda no começo da prova. Outros arriscaram e esperaram a janela obrigatória de pit stop para fazer a mudança.

O melhor resultado da equipe Bardahl Hot Car veio com o paulista Flávio Andrade, que subiu ao pódio no geral em terceiro e ficou em segundo na Master. Com o resultado, ele manteve a liderança do campeonato na Master, com 37 pontos. O jovem André Moraes Jr. também tinha tudo para brigar por um pódio, mas foi tocado na largada e terminou em nono.

Na CLA AMG Cup, a equipe Bardahl Hot Car também chegou ao pódio com Fernando Amorim, que ficou em quarto na Master e sétimo no geral. Fábio Escorpioni foi o oitavo e Cesare Marrucci, o 12º na categoria.

Os vencedores em Guaporé foram Betão Fonseca (CLA) e João Lemos (C250). A próxima etapa do Mercedes-Benz Challenge acontecerá no autódromo de Interlagos, no dia 27 de maio.

Andrade, que já havia vencido na Master na etapa inicial em Cascavel (PR), partiu da oitava posição na C250 e foi pra cima. O piloto optou pela estratégia de só trocar os pneus na parada obrigatória e deu certo. “Foi uma prova muito difícil pelas condições do tempo. Nos treinos livres e na tomada de tempos, não conseguimos o acerto ideal para o traçado, porém, na corrida, fomos muito bem. Fizemos algumas mudanças, acertamos o carro, fui ganhando posições uma a uma e o que definiu muito o resultado foi a decisão de não trocar os pneus no início e seguir com o pneu de chuva. Continuamos na pista até a parada obrigatória e ai sim colocamos os pneus slicks. Estou muito feliz pelos resultados, sigo em primeiro lugar na categoria Master e agora vamos pra nossa casa em Interlagos seguir na briga pelo campeonato”, declarou o piloto da C250 #26.

Já André Jr. largou em segundo, depois de ficar bem próximo da pole no sábado. O piloto, que terminou em segundo em Cascavel, liderou os treinos livres, estava num ritmo forte e tinha tudo para brigar pela vitória no geral, mas levou um toque logo na largada que o prejudicou. “Infelizmente, eu recebi um toque logo na largada e rodei. Então, eu entrei nos boxes, na estratégia de colocar os pneus slicks, mas os que continuaram na pista com os pneus de chuva conseguiram abrir melhor a diferença”, contou o piloto de apenas 18 anos, que está em quinto no geral do campeonato.

“Foi uma corrida conturbada. Não foi um resultado tão bom quanto esperávamos. O carro também entrou em emergência e tive de parar novamente nos boxes no final. Uma pena, porque ele estava bem rápido, mas foram estes imprevistos que nos impediram de chegar ao pódio. Agora é levantar a cabeça e ir para São Paulo”, completou o piloto da C250 #12.

Na CLA, Amorim partiu de 12º para chegar em sétimo no geral e quarto na Master. O piloto, que na primeira etapa venceu na Master, é o vice-líder na categoria, com 33 pontos. “A corrida foi bastante tumultuada. Foi muito difícil fazer o acerto do carro e não conseguimos ter um carro perfeito. As primeiras voltas da corrida foram boas, mas quando trocamos os pneus e colocamos os pneus de pista seca, não ficou tão bom e atrapalhou o resultado final. Mas, levando em consideração o tempo ruim, a chuva, as mudanças, foi legal terminar em quarto na Master, pontuar e vamos buscar o campeonato. Em São Paulo, tenho muita experiência e vamos lutar por um resultado melhor que este”, declarou o piloto da CLA #88, que é natural de Campinas, no interior de São Paulo.

Escorpioni, que partiu da oitava posição na CLA, também falou sobre o final de semana complicado na pista gaúcha, onde nunca havia andado. “Foi um final de semana bem tumultuado, choveu praticamente em todos os treinos. Trinta minutos antes de começar a corrida, a condição de pista foi declarada como de chuva, mas a pista secou e não autorizaram a troca de pneus. Estávamos preocupados com a possibilidade do pneu não aguentar e, na volta de apresentação, entramos para os boxes para a troca pelos slicks, mas não deu certo e não recuperamos as posições como gostaríamos. O carro era bem rápido, mas não foi o suficiente para recuperar e alcançar os que não pararam no começo. Agora vamos para a próxima, quem sabe em Interlagos não temos mais sorte”, concluiu o piloto da CLA #55, que ocupa a sexta posição no geral da CLA, a apenas oito pontos do líder.

Já o piracicabano Cesare Marrucci largou em 13º e estava confiante para brigar por um bom resultado. Mas alguns problemas também impediram que o piloto chegasse ao seu objetivo. “Foi um final de semana de muita chuva em Guaporé. As condições da pista estavam bem complicadas e todos os carros da categoria CLA tiveram sua velocidade máxima limitada através de um ajuste eletrônico no motor, realizado pela equipe técnica da organização”, explicou o piloto.

“Consegui apenas a 13ª posição no treino classificatório e tinha esperança de fazer uma corrida de recuperação. Contrariando as previsões, domingo amanheceu chovendo e a direção de prova determinou que a largada seria com pneus de chuva e com o Safety Car, com os carros em fila indiana. A pista já estava praticamente seca e um dos meus pneus não aguentou, ‘dechapando’ no meio do circuito, o que me obrigou a fazer um pit stop inesperado, tomando volta dos demais competidores. Como mais pilotos também fizeram a troca de pneus de chuva por slick, ainda dava para ter alguma esperança de recuperar algumas posições, mas, uma nova falha no motor, entrando em modo de segurança, eliminou minhas chances na prova”, contou Marrucci, que mesmo assim conseguiu marcar pontos.

“Tive que ‘resetar’ o veículo na pista na busca de eliminar a falha, bem como entrar mais duas vezes nos boxes até a detecção de que se tratava da mangueira do turbo vazando e, consequentemente, perdendo pressão. São coisas de corrida, mas que infelizmente complicam a busca de pontos e a classificação no campeonato. Mas, em conjunto com a equipe Bardahl Hot Car, vamos trabalhar para sanar estes problemas, visando o início de uma recuperação na próxima etapa em Interlagos”, finalizou o piloto da CLA #44.

Confira o resultado da segunda etapa em Guaporé:

CLA AMG:
1. 60 Betão Fonseca – 32 voltas em 47min03s321
2. 6 Fernando Jr – a 0.973
3. 20 Roger Sandoval – a 21.162
4. 10 Pierre Ventura – a 23.519
5. 57 Felipe Tozzo – a 23.729
6. 61 Cesar Fonseca – a 46.986
7. 88 Fernando Amorim – a 49.812
8. 55 Fábio Escorpioni – a 50.747
9. 19 Luiz Carlos Ribeiro – a 58.924
10. 15 Raijan Mascarello – a 1:00.655
11. 18 Fernando Poeta – a 1 volta
12. 44 Cesare Marrucci – a 1 volta
Não completaram 75% da prova:
84 Cello Nunes
33 Adriano Rabelo

C250:
1. 41 João Lemos – 31 voltas em 47min36s844 (a 1 volta)
2. 227 Miro Cruz – a 1 volta
3. 26 Flávio Andrade – a 1 volta
4. 58 Cláudio Simão – a 2 voltas
5. 111 M. Paioli/B. Rossi – a 1 volta
6. 21 Peter M. Gottschalk – a 1 volta
7. 64 Roberto Santos – a 2 voltas
8. 69 C. Pamplona/ M. Pamplona – a 3 voltas
9. 12 André Moraes Jr – a 3 voltas
Não completou 75% da prova:
225 Max Mohr

Classificação dos campeonatos:

CLA AMG:
1. Betão Fonseca – 29 pontos
2. Fernando Jr – 27
3. Raijan Mascarello – 26
4. Luiz Carlos Ribeiro – 24
5. Roger Sandoval – 23
6. Fábio Escorpioni – 21
7. Fernando Amorim – 20
8. Pierre Ventura – 18
9. Adriano Rabelo – 16
10. Felipe Tozzo – 14
11. César Fonseca – 14
12. Sérgio Ribas – 8
13. Cello Nunes – 6
14. Cesare Marrucci – 6
15. Fernando Poeta – 5
16. José Vitte – 0

CLA AMG Master:
1. Betão Fonseca – 39 pontos
2. Fernando Amorim – 33
3. Pierre Ventura – 30
4. César Fonseca – 26
5. Cesare Marrucci – 20
6. Sérgio Ribas – 15
7. Fernando Poeta – 11
8. José Vitte – 0

C250:
1. Miro Cruz – 32 pontos
2. Peter M Gottschalk – 30
3. João Lemos – 30
4. Flávio Andrade – 28
5. André Moraes Jr – 24
6. M. Paioli/ B. Rossi – 22
7. Cláudio Simão – 13
8. Alexandre Navarro – 11
9. Roberto Santos – 9
10. C. Pamplona/ M. Pamplona – 8
11. Ângelo Giombelli – 8
12. Paulo Rosa – 7
13. Junior Victorette – 6
14. Pedro Muffato – 5
15. Max Mohr – 0

C250 Master:
1. Flávio Andrade – 37 pontos
2. João Lemos – 35
3. M. Paioli/ B. Rossi – 28
4. Alexandre Navarro – 17
5. Cláudio Simão – 15
6. Ângelo Giombelli – 11
7. Roberto Santos – 11
8. Paulo Rosa – 10
9. Pedro Muffato – 9
10. Max Mohr – 0